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verdadeiros bens, vale dizer, os da paz e do repouso, são maiores do que os da
guerra, o gozo deles também é preferível a qualquer outro e estes só têm valor
em relação àqueles. Trata-se, portanto, de examinar como e por que meios
devemos obtê-los.
Dissemos mais acima que três coisas devem contribuir para isto: a natureza,
o hábito e a razão. Dissemos também quais devem ser as disposições naturais.
Resta saber se para formar os homens mais vale começar pelo raciocínio ou
pelo hábito, duas coisas que devemos nos esforçar ao máximo para dar ao
mesmo tempo. A faculdade que recebe a influência da razão pode, com efeito,
afastar-se algumas vezes do fim e outras vezes, também, ceder ao domínio do
hábito.
É evidente que, neste caso, assim como em qualquer outro, o princípio de
onde tudo procede é a geração do homem, mas não é o mesmo que aquele de
que dependem seu fim e sua perfeição. A razão e o intelecto são a principal e
derradeira parte onde se manifesta para nós a obra da natureza. Cumpre,
portanto, subordinar-lhes a obra da geração humana e a formação dos
costumes.
Da mesma forma que a alma e o corpo são duas substâncias distintas,
assim também a alma tem duas faculdades não menos distintas, uma iluminada
pela razão e outra que não tem esta luz; por conseguinte, há dois tipos de
hábitos, uns apaixonados, ou provindos da sensibilidade, outros intelectuais. E,
assim como o corpo é gerado antes da alma, a parte carente de razão o é,
igualmente, antes da razoável. Isto se observa pelos rasgos de cólera, pelos
desejos e pelas vontades mostradas pelas crianças tão logo nascem. Mas o
raciocínio e a inteligência só lhes vêm naturalmente com a idade. Convém,
portanto, dar as primeiras atenções ao corpo, as segundas aos instintos da
alma, recorrendo-se, todavia, ao intelecto ao tratar dos apetites e à alma, ao
tratar do corpo.
A Regulamentação dos Casamentos
e dos Nascimentos
Devendo o legislador cuidar antes de tudo da boa conformação do corpo
dos súditos que deverá criar, cabe-lhe começar por bem regular os casamentos,
determinando a idade e a compleição dos que julgar admissíveis na sociedade
conjugal.
Para estabelecer boas leis sobre esta associação, é preciso em primeiro
lugar atentar para a idade e para as qualidades pessoais dos noivos, para que
eles se convenham em maturidade e em força; se, por exemplo, sendo o homem
capaz de gerar, a mulher não é estéril, ou se, pelo contrário, podendo esta
conceber, não é o homem que é impotente. Esta má combinação só é boa para
criar discórdia e para contrariar. Da mesma forma, deve preocupar-se com a
sucessão das crianças; que não haja entre elas e os pais uma distância de
idade grande demais, pois neste caso os filhos não podem mostrar seu
reconhecimento aos pais na velhice, nem os pais podem ajudar seus filhos tanto
quanto preciso. As idades tampouco devem ser muito próximas. Esta
proximidade acarreta dois grandes inconvenientes: primeiro, menos respeito
dos filhos pelo pai e pela mãe, que consideram como colegas; segundo,
grandes altercações sobre a administração doméstica.
Mas retornemos ao ponto de onde partimos, isto é, à boa conformação dos
corpos que vão nascer, proposta pelo legislador. Esta e outras vantagens
podem ser obtidas através de um mesmo meio.
O final da procriação ocorre, para os homens, aos setenta anos; para as
mulheres, aos cinqüenta. Sua união deve começar na mesma proporção. A dos
adolescentes não vale nada para a progenitura. Em todas as espécies animais,
os frutos prematuros de sujeitos jovens demais, sobretudo se se tratar da fêmea,
são imperfeitos, fracos e de pequena estatura. O mesmo ocorre com a espécie
humana. Observa-se, com efeito, esta imperfeição em todos os lugares em que
as pessoas se casam jovens demais. Só nascem abortos.
O parto das moças jovens é, aliás, penoso demais e elas morrem em maior
número. É assim que muitos interpretam a censura do Oráculo aos Trezenianos,
de colherem seus frutos antes da maturidade, isto é, de casar muito jovens suas
moças. Também cabe, para preservar o sexo dos perigos da incontinência,
esperar para casá-las um certo tempo após a puberdade. Aquelas que
conhecem cedo demais o uso das familiaridades conjugais são de ordinário
mais lascivas.
Por outro lado, nada retarda ou detém mais depressa o crescimento dos
moços jovens do que se entregar cedo demais ao relacionamento com as
mulheres, sem esperar que a natureza tenha neles elaborado completamente o
licor prolífico. Há para o crescimento uma época precisa, além da qual não se
cresce mais.
A verdadeira idade para casar as moças é aos dezoito anos e para os
homens aos trinta e sete, aproximadamente. Com isso a conjunção dos corpos
se fará em pleno vigor, e a geração, depois, terminará num tempo conveniente
tanto para um como para outro. Da mesma forma, a sucessão dos filhos a seus
pais estará melhor colocada, se nascerem convenientemente no intervalo entre a
força da idade e o declínio, que começa por volta dos setenta anos.
Quanto à estação do ano própria à geração, o inverno é a que mais convém,
como hoje se observa quase em toda parte.
Também será bom consultar sobre esta matéria os preceitos dos físicos e
dos médicos. Os médicos ensinam quais estações e os físicos que ventos são
favoráveis ao ato sexual; por exemplo, eles preferem o vento do norte ao do sul.
Ademais, cabe à Pedonômica prescrever que compleições mais convêm à
geração. Basta, aqui, dizer uma palavra. Diremos somente que a compleição
atlética não é útil nem à saúde, nem à geração, nem aos empregos civis; o
mesmo ocorre com os corpos fracos, acostumados ao regime médico. É
preciso um bom meio, uma compleição, por exemplo, não habituada aos
trabalhos violentos demais, nem de uma mesma espécie, tais como os
exercícios dos campeões, mas sim variados como as ocupações dos homens
livres. Isto vale para os dois sexos.
Convém, também, durante a gravidez, fazer as mulheres ficarem atentas à [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]

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